A SUBJETIVIDADE DO CÂNCER NA CULTURA
IMPLICAÇÕES NA CLÍNICA CONTEMPORÂNEA
DOI:
https://doi.org/10.57167/Rev-SBPH.10.115Palavras-chave:
Câncer, subjetividade, cultura, psicologia clínicaResumo
Este texto aborda a construção subjetiva do paciente, especificamente aquele com diagnóstico de câncer, uma doença culturalmente estigmatizada e com representações simbólicas negativas. Ressalta a importância desta compreensão, sobretudo no que diz respeito às suas repercussões para o equilíbrio emocional do paciente, que afeta, significativamente, o seu quadro clínico geral. Corroboramos com a literatura na qual estudos realizados indicam que as representações construídas pela cultura somadas aos efeitos produzidos pelo seu tratamento podem influenciar na forma de enfrentamento da doença. Diante disto, discussões e reflexões acerca desta temática são importantes na medida em que podem contribuir para um maior aprofundamento da prática clínica no contexto hospitalar, visando um tratamento que contemple tanto o orgânico como o psíquico destes pacientes, promovendo desta forma, um bem estar integral, tal como preconizado pela Organização Mundial de Saúde.
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