Síndrome de Burnout em trabalhadores da enfermagem de um hospital geral
DOI:
https://doi.org/10.57167/Rev-SBPH.11.190Palavras-chave:
Síndrome de Burnout, estresse ocupacional, enfermagemResumo
A profissão de Enfermagem tem a função de prestar assistência para sobrevivência de outros, garantindo seu bem-estar físico e emocional. Portanto, o ambiente hospitalar por lidar com pessoas debilitadas, dor, sofrimento e morte, torna-se um ambiente altamente propício a situações de estresse, que se persistentes, podem levar o trabalhador a desenvolver a Síndrome de Burnout. O objetivo deste estudo foi verificar a existência de associação entre a Síndrome de Burnout e variáveis demográficas, profissionais e psicossociais em 131 profissionais da enfermagem de um hospital geral de Porto Alegre. Foi utilizado como instrumento de pesquisa o MBI – Maslach Burnout Inventory (HSS), o Questionário de Satisfação no Trabalho (S20/23) e um questionário elaborado especificamente para este estudo para as demais variáveis. Os resultados obtidos indicam elevado índice de Realização Profissional e índices médios de Exaustão Emocional e Despersonalização. Também se evidencia maior associação entre dimensões de Burnout e variáveis laborais e psicossociais.
Downloads
Referências
Ahola, K., Honkonen, T. Isometsä, E., Kalimo, R., Nykyri, E., Koskinen, S., & Aromaa, A. (2006). Burnout in the general population. Social Psychiatry Epidemiology, 41, 11–17. DOI: https://doi.org/10.1007/s00127-005-0011-5
Aranda-Beltrán, C., Pando-Moreno, C. M. l., Salazar-Estrada, J. G., Torres-López, T. M., Aldrete-Rodríguez, M. G., & Pérez-Reyes, M. B. (2004). Factores psicosociales laborales y Síndrome de Burnout en médicos del primer nivel de atención. Disponível em: www.cucs.udg.mx/invsalud/abril2004/art4.html, Acessado em 12.12.2004.
Avellar, L.Z., Iglesias, A., & Valverde, P. V. (2007). Sofrimento psíquico em trabalhadores de enfermagem de uma unidade de oncologia. Psicologia em Estudo, 12 (3), 475-481. DOI: https://doi.org/10.1590/S1413-73722007000300004
Benevides-Pereira, A. M. T. (2001). MBI - Maslach Burnout Inventory e suas adaptações para o Brasil. In Anais da XXXII Reunião Anual de Psicologia. Rio de Janeiro, 84-85.
Benevides-Pereira, A. M. T. (2002). As atividades de enfermagem em hospital: Um fator de vulnerabilidade ao Burnout. In: A. M. T. Benevides-Pereira (Org.), Burnout: quando o trabalho ameaça o bem – estar do trabalhador (pp.133-156). São Paulo: Casa do Psicólogo.
Borges, L. O., Argolo, J. C. T., & Baker, M. C. S. (2006). Os Valores Organizacionais e a Síndrome de Burnout: Dois Momentos em uma Maternidade Pública. Psicologia: Reflexão e Crítica, 19 (1), 34-43. DOI: https://doi.org/10.1590/S0102-79722006000100006
Carlotto, M. S., & Câmara, S. G. (prelo). Propriedades Psicométricas do Questionário de Satisfação no Trabalho (S20/23). Psico – USF.
Cherniss, C. (1995). Beyond burnout. New York: Routlege.
Cordes C. L., & Dougherty, T. W., & Blum, M. (1997). Patterns of burnout among managers and professionals: a comparison of models. Journal of Organizational Behavior, 18, 665-701. DOI: https://doi.org/10.1002/(SICI)1099-1379(199711)18:6<685::AID-JOB817>3.3.CO;2-L
Cornelius, A., & Carlotto, M. S. (2007). Síndrome de Burnout em profissionais de urgência. Psicologia em Foco, 1(1), 15-27.
Curiel-García, J. A., Rodríguez-Morán, M., & Guerrero-Romero, F. (2006). Síndrome de agotamiento profesional en personal de atención a la salud. Revista Médica del Instituto Mexicano del Seguro Social, 44 (3), 221-226.
Dolan, N. (1987). The relationship between burnout and job satisfacion in nurses. Journal of Advanced Nursing, 12, 3-12. DOI: https://doi.org/10.1111/j.1365-2648.1987.tb01297.x
Friedman, I. A. (1999). Turning our schools into a healthier workplace: Briddging beetween professional self-efficacy and professional demands. In R. Vanderbergue & M. A. Huberman (Orgs.), Understanding and preventing teacher burnout: A source book of international practice and research (pp.166-175). Cambridge: Cambridge University Press. DOI: https://doi.org/10.1017/CBO9780511527784.010
Gil-Monte, P. R., & Peiró, J. M. (1997). Desgaste psíquico en el trabajo: El síndrome de quemarse. Madrid: Síntesis.
Gomez de Cadiz, B. T., San Juan, C., Riviero, A. M., Herce, C., & Achucarro, C. (1997).
Burnout professional: Un problema nuevo? Reflexões sobre el concepto y su evaluación. Revista de Psicología del Trabajo y de las Organizaciones, 13(1), 23-50.
Grimes, D. A., & Shulz, K. F. (2002). An overview of clinical research: the lay of the land. The Lancet, 359, 57-61. DOI: https://doi.org/10.1016/S0140-6736(02)07283-5
Hackman, J. R., & Oldhan, G. R. (1980). Work redesign. Massachustts: Addison – Wesley Reading.
Heus, P., & Diekstra, R. F. W. (1999). Do you teachers burnout more easily? A comparison of teachers with other social professions on work stress and burnout symptoms. In R. Vanderbergue & M. A. Huberman (Orgs.), Understanding and preventing teacher burnout: A source book of international practice and research (pp.269-284). Cambridge: Cambridge University Press. DOI: https://doi.org/10.1017/CBO9780511527784.019
Lee, R. T., & Ashforth, B. E. (1996). A meta-analytic examination of the correlates of the three dimensions of job burnout. Journal of Applied Psychology, 81 ( 2), 123-133. DOI: https://doi.org/10.1037//0021-9010.81.2.123
Malagris, L. E. N., & Fiorito, A. de C. C. (2006). Avaliação do nível de estresse de técnicos da área de saúde. Estudos de Psicologia (Campinas), 23 (4), 391-398. DOI: https://doi.org/10.1590/S0103-166X2006000400007
Maslach, C., & Goldberg, J. (1998). Prevention of burnout: News perspectives. Applied & Preventive Psychology, 7, 63-74. DOI: https://doi.org/10.1016/S0962-1849(98)80022-X
Maslach, C., & Jackson, S. E. (1981). The measurement of experienced burnout. Journal of Occupational Behavior, 2, 99-113. DOI: https://doi.org/10.1002/job.4030020205
Maslach, C., & Jackson, S. E. (1985). The role of sex and family variables in burnout. Sex Roles, 12 (7/8), 837- 851. DOI: https://doi.org/10.1007/BF00287876
Maslach, C., & Jackson, S. E. (1986). Maslach Burnout Inventory. 2nd ed. Palo Alto, CA: Consulting Psychologist Press.
Meliá, J. L., & Peiró, J. M. (1989). La medida de la satisfacción laboral en contextos organizacionales: El cuestionario de satisfacción S20/23. Psicologemas, 3 (5),59-74.
Ministério da Saúde. Doenças relacionadas ao trabalho: manual de procedimentos para o serviços de saúde. Brasília: Ministério da Saúde; OPAS/OMS, 2001.
Pando, M. M., Bermúdez, D., Aranda, B. C., Pérez, C. J., Flores, S. E., & Arellano, P. G (2004). Prevalencia de estrés y burnout en los trabajadores de la salud en un hospital ambulatorio. Disponível em <http://www.uv.mx/psicysalud/numero12/estresse.html>Acessado em 15.11.2005.
Rodriguez-Marín, J. (1995). Psicología Social de la Salud. Madrid: Sínteses.
Rosa, C. da, & Carlotto, M. S. (2005). Síndrome de Burnout e satisfação no trabalho em profissionais de uma instituição hospitalar. Revista da SBPH, 8 (2), 1-15.
Rudow, B. (1999). Stress and burnout in the teaching profession: European studies, issues, and research perspectives. In R. Vanderbergue, & M. A. Huberman (Orgs.), Understanding and preventing teacher burnout: A source book of international practice and research (pp.38-58). Cambridge: Cambridge University Press. DOI: https://doi.org/10.1017/CBO9780511527784.004
Schulz, R., Greenley, J. R., & Brown, R. (1995). Organization, management, and client effects on staff burnout. Journal of Health and Social Behavior, 36 (4), 333-353. DOI: https://doi.org/10.2307/2137323
Tamayo, M. R. (2002). Burnout: relação com a afetividade negativa, o coping no trabalho e a percepção de suporte organizacional. Tese de Doutorado - Instituto de Psicologia, Universidade de Brasília, Brasília.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
A licença CreativeCommons “Atribuição 4.0 Internacional" – CC BY permite "copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato e remixar, transformar e criar a partir do material, para qualquer fim, mesmo que comercial." Ainda de acordo com a licença CC BY, os autores devem "atribuir o devido crédito, fornecer um link para a licença e indicar se foram feitas alterações". Essas alterações devem ser indicadas sem sugerir que a Revista da SBPH apoie o seu uso. Mais informações sobre a licença em: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/deed.pt