Urgência subjetiva na UTI da Santa Casa de BH
contribuições da Psicologia Hospitalar
DOI:
https://doi.org/10.57167/Rev-SBPH.v27.589Palavras-chave:
Plantão psicológico, Comunicação, Psicologia hospitalar, Humanização da assistência, Unidades de terapia intensivaResumo
O ambiente hospitalar é composto por profissionais de diferentes áreas e especialidades, de modo que há uma variedade de nomeações para as formas de atuação em equipe, destacando-se as seguintes: multidisciplinar, interdisciplinar e transdisciplinar. Este trabalho tem por objetivo identificar a percepção de profissionais intensivistas da equipe multidisciplinar de uma UTI da Santa Casa, acerca da urgência subjetiva de pacientes e familiares neste contexto. Para tal, foi utilizado como metodologia a revisão crítica da literatura articulada à Análise de Conteúdo dos dados coletados por meio de entrevista semiestruturada. A Urgência Subjetiva é caracterizada por uma situação traumática vivenciada pelo sujeito que se encontra na instituição hospitalar ou que é conduzido até esse ambiente, tais como: incorrências corporais dolorosas, disfunções orgânicas nos sistemas cardiovascular, cerebral ou respiratório, patologias psicossomáticas, atos de violência, tentativas de autoextermínio, acidentes de trânsito, doméstico e outros. Conclui-se pontuando a relevância de que as ações e intervenções no âmbito da saúde pública sejam articuladas com base em diferentes saberes, considerando a integralidade, princípio doutrinário do SUS.
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