Ligados na máquina
os atravessamentos psíquicos de pacientes em terapia renal substitutiva
DOI:
https://doi.org/10.57167/Rev-SBPH.2025.v28.734Palavras-chave:
Insuficiência renal crônica, Diálise, Hemodiálise, Psicologia hospitalar, Pesquisa qualitativaResumo
A doença crônica (IRC) afeta milhões de pessoas no Brasil e no mundo, causando impactos físicos e emocionais significativos. Este artigo relata a experiência de uma psicóloga hospitalar no acompanhamento de pacientes em terapia renal substitutiva, no acompanhamento de pacientes em terapia renal substitutiva (TRS), com foco nos atravessamentos psíquicos relacionados à dependência da hemodiálise. O estudo explora os principais desafios enfrentados pelos pacientes, como a perda de autonomia, o sentimento de alienação do corpo e a ambivalência entre sobrevivência e dependência da máquina a partir da escuta da Psicologia Hospitalar e na promoção da ressignificação dessas vivências, proporcionando um cuidado humanizado. A metodologia utilizada é o relato de experiência, baseado na atuação clínica em um hospital de grande porte. Conclui-se que a escuta qualificada e o suporte emocional oferecidos pela psicóloga hospitalar são essenciais para auxiliar os pacientes a lidar com os desafios psíquicos e promover uma maior aceitação de sua condição crônica.
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