O USO DO TESTE DE APERCEPÇÃO TEMÁTICA NA ANÁLISE DA DEPRESSÃO NO CONTEXTO DA ADOLESCÊNCIA
DOI:
https://doi.org/10.57167/Rev-SBPH.7.9Palavras-chave:
Adolescência, Depressão, Teste de Apercepção TemáticaResumo
O presente trabalho visou realizar uma investigação acerca da depressão no contexto da adolescência, para tanto participaram desta pesquisa quatro adolescentes – dois do sexo feminino e dois do sexo masculino-, encaminhados dos ambulatórios de especialidades médicas do Hospital das Clinicas da Universidade Federal do Ceará para o ambulatório especializado de psicologia da mesma Instituição, no período de julho de 2004. Adotou-se como referencial teórico-metodológico a pesquisa qualitativa, ancorada nos pressupostos teóricos da psicanálise, pois, o que interessou na compreensão do conceito de depressão na adolescência, foi identificá-la como luto pela perda do corpo infantil, dos pais idealizados da infância e, da identidade e dos papéis infantis, onde as elaborações concernentes a tais perdas aí estão colocadas. A coleta das informações deu-se pela aplicação reduzida das lâminas do Teste de Apercepção Temática (T.A.T.) nos referidos adolescentes, através dos mecanismos de deslocamento presentes na projeção, onde os conflitos referentes à perda da estrutura infantil foram expressos. A análise de conteúdo do material empírico evidenciou, que as três dimensões – as forças dramáticas dos conflitos, o desfecho conferido aos conflitos experimentados pelo protagonista e a relação entre o tema proposto pelos adolescentes e os temas predominantes de cada lâmina- extraídas do relato das história contadas pelos adolescentes a partir da apresentação das lâminas, puderam ser correlacionadas com as vivências do triplo processo de luto característico da passagem pela adolescência.
Downloads
Referências
ABERASTURY, A. (1978). Adolescencia. In: A. ABERASTURY y colaboradores, Adolescencia. (p.17-43). Buenos Aires: Kargieman.
______. (1981). O adolescente e a liberdade. In: A. ABERASTURY & M. KNOBEL. A adolescência normal. (p. 13-23). Porto Alegre: Artes Médicas.
ABERASTURY, A. et al. (1981). Adolescência e psicopatia – luto pelo corpo, pela identidade e pelos pais infantis. In: ABERASTURY, A.; KNOBEL, M. A adolescência normal. (p. 63-72). Porto Alegre: Artes Médicas.
ABERASTURY, A.; KNOBEL, M. (1981) A adolescência normal. Porto Alegre: Artes Médicas, p. 63-72.
ALBERTI, S. (2004) O adolescente e o Outro. Rio de Janeiro: Jorge Zahar.
ANASTASI, A. (1976). Testes psicológicos: teoria e aplicação. São Paulo: E.P.U.
ANZIEUR, D. (1989). Os métodos projetivos. Rio de Janeiro: Campus.
BAHLS, Saint-Clair. (2002). Aspectos clínicos da depressão em crianças e adolescentes. Jornal de Pediatria, Rio de Janeiro, set./out, v.78, n.5, 359-366. DOI: https://doi.org/10.1590/S0021-75572002000500004
BARDIN, L. (1977). Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70.
COLLI, A. (1994). Crescimento e desenvolvimento físico. In: Adolescência e Saúde. São Paulo: Secretaria de Saúde do Estado.
DELOYA, D. (2002). Depressão, estação psique: refúgio, espera, encontro. São Paulo: Escuta/ FAPESP.
DOLTO, F. (1981). O caso Dominique: relato exaustivo do tratamento analítico de um adolescente. Rio de Janeiro: Zahar.
FÉDIDA, P. (2000). A clínica da depressão: questões atuais. In: Berlinck, M. T. Psicopatologia fundamental. São Paulo: Escuta, p. 73-93.
______. (2002) Dos benefícios da Depressão: elogio da psicoterapia. São Paulo: Escuta.
FERNANDES, E. C. (1996). Características da adolescência. In: Figueira, F.; Ferreira, S.F.; Alves, J.G.B. Pediatria - Instituto materno infantil de Pernambuco. Recife: MEDSI, p.865-69.
FREUD, S. (1905/1972). Três ensaios sobre a teoria da sexualidade. In: Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud (Vol. VII). Rio de Janeiro: Imago, p. 123-238.
FREUD, S. Artigos sobre metapsicologia. (1915/1974). In: Edição standart brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud (Vol. XIV). (p. 123-295) Rio de Janeiro: Imago.
______. (1916-1917/1980) O desenvolvimento da libido e as organizações sexuais. In: Edição Standart Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud (Vol. XVI). (p. 375- 396). Rio de Janeiro: Imago.
GUERRA, A. G. (1981). O teste de apercepção temática de H. Murray: uma proposta de análise e interpretação. Rio de Janeiro: EDICEPA,.
GUERRA, A.; G; SIMÕES, P. (1995). Dialética da falta: da incompletude à transcendência. São Paulo: Escuta.
KNOBEL, M. (1978) La adolescencia y el tratamiento psicoanalítico de adolescentes. In: A. ABERASTURY y colaboradores. Adolescencia. (pp. 159-209). Buenos Aires: Kargieman.
______. (1981) A síndrome da adolescência normal. In: A. ABERASTURY & M. KNOBEL. A adolescência normal. (pp. 24-62). Porto Alegre: Artes Médicas.
MÁRAI, S. (2004). Rebeldes. São Paulo: Companhia das Letras.
MONTEIRO, K.C.C.; MOTA, V.L.C.; RIBEIRO, A.R.; SILVEIRA, R.N.L. (2001). Perfil da clientela asistida pelo Projeto de Capacitação em Psicología Hospitalar. In: II ENCONTRO DE EXTENSÃO DA SAÚDE/IV ENCONTRO DE EXTENSÃO DO HUWC, 2001, Fortaleza. Anais._ Fortaleza:UFC, p.3.
KOVÁCS, M.J. (1992) Morte e desenvolvimento humano. São Paulo: Casa do Psicólogo.
MURRAY, H.A. (1967). Teste de apercepção temática. São Paulo: Mestre Jou.
RASSIAL, J-J. (1997) A passagem adolescente: da família ao laço social. Porto Alegre: Artes e Ofícios.
ROSA, M. D. (2002). Adolescência: da cena familiar à cena social. Psicologia USP, 2002, vol.13, n. 2, p.227-241. DOI: https://doi.org/10.1590/S0103-65642002000200013
SCHOEN-FERREIRA, T. H.; SILVA, D. A.; FARIAS, M. A. et al. (2002). Perfil e principais queixas dos clientes encaminhados ao Centro de Atendimento e Apoio Psicológico ao Adolescente (CAAA) - UNIFESP/EPM. Psicologia em estudo, jul./dez., vol.7, no.2, p.73-82. DOI: https://doi.org/10.1590/S1413-73722002000200009
WINNICOTT, D.W. (1983).O ambiente e os processos de maturação: estudos sobre a teoria do desenvolvimento emocional. Porto Alegre: Artes Médicas.
______. Tudo começa em casa. (1989). São Paulo: Martins Fontes, 1989.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
A licença CreativeCommons “Atribuição 4.0 Internacional" – CC BY permite "copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato e remixar, transformar e criar a partir do material, para qualquer fim, mesmo que comercial." Ainda de acordo com a licença CC BY, os autores devem "atribuir o devido crédito, fornecer um link para a licença e indicar se foram feitas alterações". Essas alterações devem ser indicadas sem sugerir que a Revista da SBPH apoie o seu uso. Mais informações sobre a licença em: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/deed.pt