Análise bioética das intervenções assistidas por animais em ambiente hospitalar
DOI:
https://doi.org/10.57167/Rev-SBPH.24.92Palavras-chave:
bioética, ética animal, princípio ético da prudência, zooterapiaResumo
As intervenções assistidas por animais (IAA) nos hospitais destacam-se por seu caráter solidário ao promover melhoras biopsicossociais em pacientes, familiares e equipe médica, contudo plausível de desencadear vulnerabilidades caso desconsiderem as necessidades específicas de cada componente da intervenção, humanos e não humanos. Assim, objetivou- se mapear programas e experiências de IAA em ambiente hospitalar considerando benefícios e vulnerabilidades, testando a hipótese da existência de diferenças no cenário nacional e internacional.
Downloads
Referências
Albuquerque, N.S.; Ciari, M.B. (2016). Cães e seres humanos: uma relação forte, complexa, duradoura e vantajosa. In: Chelini, Otaa (Org.). Terapia Assistida por Animais. São Paulo: Manole, p.1- 22.
Amaro, C.; Custódio, A.E.l.N. (2011). O “fazer o bem sem olhar a quem” e os limites da abordagem antropocêntrica na história das relações homem-animal. ComCiência, 134, 1-11.
Bardin, L. (2011). Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70.
Barker, S.B; Dawson, K.S. (1998). The effects of animal-assisted therapy on anxiety ratings of hospitalized psychiatric patients. Psychiatric services, 49 (6):797-801. DOI: https://doi.org/10.1176/ps.49.6.797
Beck, A.M, Katcher AH. (2003). Future directions in human, animal bond research. American Behavioral Scientis, 43, 1, 79-93. DOI: https://doi.org/10.1177/0002764203255214
Borrego, M., Foster, M.J., Froyd, J.E. (2014). Systematic literature reviews in engineeringeducation and other developing interdisciplinary fields. Journal of Engineering Education,103, 1, 45-76. DOI: https://doi.org/10.1002/jee.20038
Canine Good Citizen (1984). Dog training. Recuperado em 18 de outubro, 2021 de https://www.akc.org/products-services/training-programs/.
Chelini M. (2016). Cães, cavalos… E os outros?. In: Chelini, Maria Odile Monier. OTAA, Emma (Org.). Terapia Assistida por Animais. São Paulo: Manole; 2016. p.313-326.
Chelini, M.O.M; Otta, E. (2016). Terapia Assistida por Animais. Barueri, SP: Manole.
Dotti, J. (2005). Terapia e Animais. 1 ed. São Paulo: Editora No ética.
Esteves, C.H.; Antunes, C.; Caires, S. (2014). Humanização em contexto pediátrico: o papel dos palhaços na melhoria do ambiente vivido pela criança hospitalizada. Interface, 18, 51, 697-708. DOI: https://doi.org/10.1590/1807-57622013.0536
Fischer, M.L.; Zanatta, A.A.; Adami ER. (2016). Um olhar da bioética para a zooterapia. Revista Latino americana de Bioética, 16, 1,172-197. DOI: https://doi.org/10.18359/rlbi.1460
Fischer, M. L.; Zanatta, A. A. (2021). Percepção social sobre atividade assistida por animais em hospitais. Revista Bioética, 29(3). DOI: https://doi.org/10.1590/1983-80422021293497
Garrafa, V. (2005). Da bioética de princípios a uma bioética interventiva. Revista Bioética, 3,1,125-134.
Garrafa, V.; Porto, D. (2003). Intervention bioethics: a proposal for peripheral countries in a context of power and injustice. Bioethics; 17, 5-6, 399-416. DOI: https://doi.org/10.1111/1467-8519.00356
Garcia D. (2009). Deliberación Moral: el papel de las metodologías en ética clínica. [material didáctico del curso]. Madrid: Universidad Complutense. Recuperado em 16 de outubro, 2021 de https://derechoamorir.org/2011/10/31/la-deliberacion-moral-el-papel-de-las-metodologias-en-la-etica-clinica/
Girondi, J. B. R., Backes, M. T. S., Argenta, M. I., Meirelles, B. H. S., & dos Santos, S. M. D.A. (2010). Risco, vulnerabilidade e incapacidade: reflexões com um grupo de enfermeiras.Revista Eletrônica de Enfermagem, 12, 20-27. DOI: https://doi.org/10.5216/ree.v12i1.5815
HICPAC. (2003). Guidelines for Environmental Infection Control In Health-Care Facilities. MMWR/CDC Recomm Reports (RR10): 1-42. Recuperado em em 16 de outubro, 2021 de https://www.cdc.gov/infectioncontrol/pdf/guidelines/environmental-guidelines-P.pdf.
Haubenhofer, D. (2009). 14 Signs of Physiological Stress in Dogs Performing AAA/T Work. Canine. DOI: https://doi.org/10.1201/9781420079920.ch14
Haubenhofer, D.K.; Kirchengast, S. (2006). Physiological arousal for companion dogs working with their owners in animal-assisted activities and animal-assisted therapy. Journal of Applied Animal Welfare Science, 9, 2, 165-172. DOI: https://doi.org/10.1207/s15327604jaws0902_5
Iannuzzi, D.; Rowan, A. (1991). Ethical Issues in Animal-assisted therapy programs. Anthrozoos,4, 1, 154-163. DOI: https://doi.org/10.2752/089279391787057116
Instituto Pet Brasil. (2018). Censo Pet. Recuperado em 15 de dezembro, 2020 de http://institutopetbrasil.com/imprensa/censo-pet-1393-milhoes-de-animais-de-estimacao-no-brasil/IBGE.
Kawakami, C.H.; Nakano, C.K. (2003). Relato de experiência: terapia Assistida por Animais (TAA) - mais um recurso na comunicação entre paciente e enfermeiro. Nursing, 6, 25-29.
Kellert, S.R, Wilson, E.O. (1995). The biophilia hypothesis. Washington: Island Press.
Lefebvre, S. L., Waltner-Toews, D., Peregrine, A., Reid-Smith, R., Hodge, L., & Weese, J. S.(2006). Characteristics of programs involving canine visitation of hospitalized people in Ontario. Infection control and hospital epidemiology, 27,7, 754-758. Lei nº 9.605, (1998, 12 de fevereiro). Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências. Recuperado em 15 de dezembro, 2020 de http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9605.htm DOI: https://doi.org/10.1086/505099
Lei nº 11.794 (2008, 8 de outubro). Procedimentos para o uso científico de animais. Recuperado em 15 de dezembro, 2020 de http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11794.htm
Lei nº 18918 (2016, 7 de dezembro). Dispõe sobre a permissão da visitação de animais domésticos e de estimação em hospitais privados, públicos contratados, conveniados e cadastrados no Sistema Único de Saúde – SUS. Recuperado em 15 de dezembro, 2020 de https://www.
legisweb.com.br/legislacao/?id=332962.
Lei nº 16.827 (2018, 6 de fevereiro). Dispõe sobre a liberação de entrada de animais de estimação em hospitais públicos para visitas a pacientes internados, e dá outras providências. Recuperado em 15 de dezembro, 2020 de http://documentacao.saopaulo.sp.leg.br/iah/
fulltext/leis/L16827.pdf
Lei nº 15352 (2019, 23 de outubro). Dispõe sobre a permissão para a visitação de animais domésticos e de estimação em hospitais privados, públicos, contratados, conveniados e cadastrados no Sistema Único de Saúde - SUS - no Estado do Rio Grande do Sul e dá outras providências. Recuperado em 15 de dezembro, 2020 de https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=383788.
Lei nº 17.968 (2020, 30 de julho). Dispõe sobre a permissão para a visitação de animais domésticos e de estimação em hospitais privados, públicos contratados, conveniados e cadastrados no Sistema Único de Saúde (SUS) no Estado de Santa Catarina e adota outras providências. Recuperado em 15 de dezembro, 2020 de http://leis.alesc.sc.gov.br/html/2020/17968_2020_lei.html.
López, M.L.A. (2013). La terapia asistida con animales influye de una manera positiva en los pacientes que padecen de una enfermedad terminal?. Tese de Doutorado. Medellín: Marymount School.
Mandrá, P.P., Moretti, T.C.D.F., Avezum, L.A, Kuroishi, R.C.S. (2019). Terapia assistida por animais: revisão sistemática da literatura. CoDAS, 31, 3, 1-13. DOI: https://doi.org/10.1590/2317-1782/20182018243
Morais, J.S. (2007). O princípio da precaução como um princípio bioético em face dos avanços biotecnológicos. Revista Direito, 1, 1, 1-15.
Moreira, R. L., Gubert, F. D. A., Sabino, L. M. M. D., Benevides, J. L., Tomé, M. A. B. G., Martins,
M. C., & Brito, M. D. A. (2016). Assisted therapy with dogs in pediatric oncology: relatives’and nurses’ perceptions. Revista brasileira de nfermagem, 69, 6, 1188-1194. DOI: https://doi.org/10.1590/0034-7167-2016-0243
Pereira, C.; Ferrari, D.; Barros, M.A. (2014). Utilização de Cães na Unidade de Terapia Intensiva. Rev Intertexto, 2, 1,1-15.
Pet Partners. (2017). Preparing for future therapy work. Recuperado em 15 de dezembro, 2020 de https://petpartners.org/learn/preparing-your-puppy-to-be-a-therapy-dog/
Pimenta, C.A.M., Pastana, I. C. A., Sichieri, K., Solha, R. K., & Souza, W. (2015). Guia para construção de protocolos assistenciais de enfermagem. São Paulo: COREN-SP.
Ribeiro, V.F. (2016). Além da boa vontade: um exemplo de como montar um projeto. In: Chelini (Org.). Terapia Assistida por Animais (pp.195-224). São Paulo: Manole,
Rocha, R.C. (2015). Visita de animal de estimação: proposta de atividade terapêutica assistida por animais a pacientes internados em hospital oncológico. Dissertação (Mestrado em Psicologia). Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. São Paulo.
Santos, V.R.P., Paiva, A.C.R., Mazocoli, A.P.F, Batista, M.C.F. (2013). Terapia assistida por animais em idosos residentes em instituições de longa permanência: perspectivas para a atuação da enfermagem. Saberes Interdisciplinares, 1, 1,1-14.
Silveira, R.I., Santos, C.N., Linhares, R.D. (2011). Protocolo do programa de assistência auxiliada por animais no Hospital Universitário. Revista da Escola de Enfermagem, 5, 1, 283-8. DOI: https://doi.org/10.1590/S0080-62342011000100040
The Good Dog Foundation (1998). Dogs helping humans heal. Recuperado em 18 de outubro, 2021 de http://thegooddogfoundation.org/.
Ulrich, R. (1995). Effects of healthcare interior design on wellness: Theory and recent scientific research. In S. O. Marberry (Ed.), Inovations in health care design (pp. 88-104). New York: Van Nostrand Reinhold.
Vivaldini, V.H. (2011). Terapia Assistida por animais: uma abordagem lúdica em reabilitação clínica de pessoas com deficiência intelectual. Dissertação (Mestrado em Psicologia da saúde) - Universidade Metodista de São Paulo, São Bernardo do Campo.
Volhard, J., Volhard, W. (1994). The Canine Good Citizen. Howell Book House.
Wilson, E.O. (1984). Biophilia. Cambridge: Harvard University Press. DOI: https://doi.org/10.4159/9780674045231
Zanatta, A. A., José Santos-Junior, R., Perini, C. C., & Fischer, M. L. (2019). Biofilia: produção de vida ativa em cuidados paliativos. Saúde em Debate, 43, 949-965. DOI: https://doi.org/10.1590/0103-1104201912223
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
A licença CreativeCommons “Atribuição 4.0 Internacional" – CC BY permite "copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato e remixar, transformar e criar a partir do material, para qualquer fim, mesmo que comercial." Ainda de acordo com a licença CC BY, os autores devem "atribuir o devido crédito, fornecer um link para a licença e indicar se foram feitas alterações". Essas alterações devem ser indicadas sem sugerir que a Revista da SBPH apoie o seu uso. Mais informações sobre a licença em: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/deed.pt