Marcas e transformações
a experiência de mulheres em tratamento braquiterápico para câncer de colo uterino
DOI:
https://doi.org/10.57167/Rev-SBPH.2025.v28.605Palavras-chave:
Psico-oncologia, Psicologia hospitalar, Neoplasias, Psicologia fenomenológicaResumo
O câncer de colo de útero é o quarto mais comum entre as mulheres em nível mundial. Uma das formas de tratar o câncer uterino é a modalidade de radioterapia conhecida como braquiterapia, que consiste na aplicação de fontes de radiação em contato direto com o tumor. A aplicação, contudo, pode representar uma gama enorme de desafios físicos e psicológicos. O objetivo do presente trabalho é compreender a experiência de mulheres submetidas a sessões de braquiterapia. O método utilizado foi o fenomenológico hermenêutico, o qual parte do discurso do próprio indivíduo sobre sua experiência. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com mulheres que tenham finalizado o tratamento de braquiterapia, em um Hospital Oncológico no Sul do Brasil. Nas entrevistas foi utilizada a pergunta disparadora: “Descreva para mim como foi sua experiência de passar pelo tratamento de braquiterapia?”. Após a transcrição e análise das entrevistas, as temáticas encontradas foram agrupadas em três grandes eixos: (i) Marcas do Câncer, (ii) Transformar(-se) e (iii) Experiência da Dor, os quais após analisados foram discutidos com conceitos da fenomenologia-existencial. As falas das participantes revelaram as marcas, transformações e dores experienciadas ao longo desse tratamento, revelando a importância e necessidade de um cuidado singular e mais próximo dessas mulheres.
Downloads
Referências
Alvarez, K. C. P., & Sales, C. A. (2020). Olhar fenomenológico existencial das vivências de cuidado à saúde na perspectiva de sobreviventes ao câncer. Revista Brasileira de Enfermagem, 73(6), e20190811. https://doi.org/10.1590/0034-7167-2019-0811. DOI: https://doi.org/10.1590/0034-7167-2019-0811
Araújo, C. R., Rosas, A. M. M. T. F., Menezes, H. F., Pinto, A. C., & Rodrigues, B. M. R. D. (2017). O fenômeno vivido por mulheres na consulta de enfermagem na braquiterapia ginecológica. Texto e Contexto Enfermagem, 26(2), e00140016. https://doi.org/10.1590/0104-07072017000140016. DOI: https://doi.org/10.1590/0104-07072017000140016
Ariés, P. (1997). Sobre a história da morte no ocidente. Teorema.
Barros, G. C., & Labate, R. C. (2008). Repercussões psicológicas relacionadas a tratamento de braquiterapia em mulheres com câncer ginecológico: análise da produção de 1987 a 2007. Revista Latino-Americana de Enfermagem, 16(6), 1049-1053. https://doi.org/10.1590/S0104-11692008000600018. DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-11692008000600018
Bicudo, M. A. V. (1994). Sobre fenomenologia. In M. A. V. Bicudo & V. H. C. Espósito (Orgs.), A pesquisa qualitativa em educação: um enfoque fenomenológico. Cortez.
Boaventura, A. P., Vedovato, C. A., & Santos, F. F. (2015). Perfil dos pacientes oncológicos atendidos em uma unidade de emergência. Ciencia y Enfermería, 11(2), 51-62. http://doi.org/10.4067/S0717-95532015000200006. DOI: https://doi.org/10.4067/S0717-95532015000200006
Gonçalves, M. M., Guedes, N. A. B., Matos, S. S., Tiensoli, S. D., Simino, G. P. R., & Corrêa, A. R. (2018). Perfil dos atendimentos a pacientes oncológicos em uma unidade de pronto atendimento. Revista de Enfermagem do Centro-Oeste Mineiro, 8, e2595. http://doi.org/10.19175/recom.v7i0.2595www.ufsj.edu.br/recom. DOI: https://doi.org/10.19175/recom.v8i0.2595
Heidegger, M. (2012). O ser e o tempo. Vozes. (Obra original publicada em 1927).
Instituto Nacional do Câncer. (2020). Estatísticas de câncer. Recuperado em 01 de abril de 2020, de https://www.inca.gov.br/numeros-de-cancer.
Long, D., Friedrich-Nel, H. S., & Joubert, G. (2016). Patients’ informational needs while undergoing brachytherapy for cervical cancer. International Journal for Quality in Health Care, 28(2), 200-208. https://doi.org/10.1093/intqhc/mzv119. DOI: https://doi.org/10.1093/intqhc/mzv119
van Manen, M. (2003). Investigación educativa y experiencia vivida: ciencia humana para una pedagogía de la acción y la sensibilidad. Idea Books.
Martins, A. M., Almeida, S. S. L., & Modena, C. M. (2011). O ser-no-mundo com câncer: o dasein de pessoas ostomizadas. Revista da SBPH, 14(1), 74-91. https://doi.org/10.57167/Rev-SBPH.14.362. DOI: https://doi.org/10.57167/Rev-SBPH.14.362
Merleau-Ponty, M. (1994). Fenomenologia da percepção. Martins Fontes. (Obra original publicada em 1945).
Ozanik, S. S., & Barbosa, A. F. C. (2019). O olhar da psicologia sobre a subjetividade na vivência da dor oncológica. Revista Caminhos, 3,(1), 1-18.
Perius, C. (2018). Três definições da fenomenologia. Princípios, 25 (47), 121–141. https://doi.org/10.21680/1983-2109.2018v25n47ID12911. DOI: https://doi.org/10.21680/1983-2109.2018v25n47ID12911
Rosa, M. T. S., & Sales, C. A. (2008). Vivência de mulheres submetidas à braquiterapia: compreensão existencial. Revista Eletrônica de Enfermagem, 10(4), 990-1003. https://doi.org/10.5216/ree.v10.46776. DOI: https://doi.org/10.5216/ree.v10.46776
Teixeira, L. C. (2009). Implicações subjetivas e sociais do câncer de boca: considerações psicanalíticas. Arquivos Brasileiros de Psicologia, 61(2), 1-12. Recuperado em 20 de dezembro de 2020, de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-52672009000200007.
van den Berg, J. H. (1994). O paciente psiquiátrico: esboço de psicopatologia fenomenológica. Editorial Psy II.
World Health Organization. (2020). Cancer today. Recuperado em 01 de agosto de 2020, de https://gco.iarc.fr/today/home.
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Revista da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
A licença CreativeCommons “Atribuição 4.0 Internacional" – CC BY permite "copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato e remixar, transformar e criar a partir do material, para qualquer fim, mesmo que comercial." Ainda de acordo com a licença CC BY, os autores devem "atribuir o devido crédito, fornecer um link para a licença e indicar se foram feitas alterações". Essas alterações devem ser indicadas sem sugerir que a Revista da SBPH apoie o seu uso. Mais informações sobre a licença em: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/deed.pt
