O processo do morrer inserido no cotidiano de profissionais da saúde em Unidades de Terapia Intensiva
DOI:
https://doi.org/10.57167/Rev-SBPH.17.348Palavras-chave:
Morte, profissionais de saúde, Unidade de Terapia IntensivaResumo
Objetivou-se verificar junto a profissionais de medicina e de enfermagem, que trabalham em UTIs, suas percepções e atitudes acerca da morte e as estratégias de enfrentamento utilizadas no cotidiano profissional. Foram realizadas entrevistas individuais e semi-estruturadas. Os dados foram submetidos à análise qualitativa a partir da identificação das categorias: tempo de atuação e idade dos profissionais, enfrentamento da morte e características do ambiente de trabalho. Identificou-se que, quanto maior o tempo de atuação profissional maior a facilidade para lidar com a morte. Independentemente da idade e do tempo de experiência do profissional, a morte é mais difícil de enfrentar quando se trata de um paciente criança/jovem, que está em sofrimento ou é vítima de uma morte trágica. O enfrentamento da morte no trabalho trouxe mudanças no âmbito pessoal, no que se refere a repensar e valorizar mais a vida e o contato com as próprias famílias. O trabalho em UTI foi caracterizado como árduo e cansativo, sendo o tema da morte pouco abordado no trabalho, no meio familiar e mesmo durante a graduação. Conclui-se sobre a importância da criação de espaços dentro dos hospitais onde possam ser abordadas as vivências e as dificuldades enfrentadas no cotidiano desses trabalhadores.
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