O processo do morrer inserido no cotidiano de profissionais da saúde em Unidades de Terapia Intensiva

Auteurs

  • Clarissa Pires Pereira Universidade Presbiteriana Mackenzie
  • Sandra Ribeiro de Almeida Lopes Universidade Presbiteriana Mackenzie

DOI :

https://doi.org/10.57167/Rev-SBPH.17.348

Mots-clés :

Morte, profissionais de saúde, Unidade de Terapia Intensiva

Résumé

Objetivou-se verificar junto a profissionais de medicina e de enfermagem, que trabalham em UTIs, suas percepções e atitudes acerca da morte e as estratégias de enfrentamento utilizadas no cotidiano profissional. Foram realizadas entrevistas individuais e semi-estruturadas. Os dados foram submetidos à análise qualitativa a partir da identificação das categorias: tempo de atuação e idade dos profissionais, enfrentamento da morte e características do ambiente de trabalho. Identificou-se que, quanto maior o tempo de atuação profissional maior a facilidade para lidar com a morte. Independentemente da idade e do tempo de experiência do profissional, a morte é mais difícil de enfrentar quando se trata de um paciente criança/jovem, que está em sofrimento ou é vítima de uma morte trágica. O enfrentamento da morte no trabalho trouxe mudanças no âmbito pessoal, no que se refere a repensar e valorizar mais a vida e o contato com as próprias famílias. O trabalho em UTI foi caracterizado como árduo e cansativo, sendo o tema da morte pouco abordado no trabalho, no meio familiar e mesmo durante a graduação. Conclui-se sobre a importância da criação de espaços dentro dos hospitais onde possam ser abordadas as vivências e as dificuldades enfrentadas no cotidiano desses trabalhadores.

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Biographie de l'auteur

Sandra Ribeiro de Almeida Lopes, Universidade Presbiteriana Mackenzie

Professora da Universidade Presbiteriana Mackenzie – São Paulo – SP.

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Publiée

2014-01-07

Comment citer

Pereira, C. P., & Lopes, S. R. de A. (2014). O processo do morrer inserido no cotidiano de profissionais da saúde em Unidades de Terapia Intensiva. Revista Da Sociedade Brasileira De Psicologia Hospitalar, 17(2), 49–61. https://doi.org/10.57167/Rev-SBPH.17.348

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