Participação e autoconfiança materna no cuidado ao recém-nascido prematuro extremo
DOI:
https://doi.org/10.57167/Rev-SBPH.2025.v28.594Palavras-chave:
Mães, Neonatologia, Recém-nascidos, Nascimento prematuroResumo
Esta pesquisa teve como objetivo conhecer os elementos que contribuem para um ambiente facilitador ou dificultador da participação e autoconfiança materna no cuidado ao recém-nascido prematuro extremo. Trata-se de um estudo de métodos mistos, combinando abordagens qualitativa e quantitativa, realizado com 11 mães de bebês internados em uma unidade de terapia intensiva neonatal. Os dados foram coletados por meio de entrevistas semiestruturadas, da Escala de crenças dos pais de recém-nascidos prematuros (ECP) e de consultas aos prontuários dos recém-nascidos. A análise dos dados foi conduzida por meio de estatística descritiva simples e análise de conteúdo. A maioria das participantes demonstrou suficiência na capacidade de cuidado e destacou o acesso e a permanência nas unidades de terapia intensiva neonatal (UTIN), a comunicação efetiva, a inclusão materna no cuidado, o trabalho em equipe e o processo de ensino-aprendizagem como fatores facilitadores. A participação e a autoconfiança materna são construídas a partir da inter-relação entre as mães, o ambiente e os profissionais de saúde.
Downloads
Referências
Abreu, M. Q. S., Duarte, E. D., & Dittz, E. S. (2020). Construção do apego entre o binômio mãe e bebê pré-termo mediado pelo posicionamento canguru. Revista de Enfermagem do Centro-Oeste Mineiro, 10, e3955. https://doi.org/10.19175/recom.v10i0.3955. DOI: https://doi.org/10.19175/recom.v10i0.3955
Almeida, C. R., Lima, K. D. F., Silva, A. C. O. C., & Morais, A. C. (2018). Cotidiano de mães acompanhantes na unidade de terapia intensiva neonatal. Revista de Enfermagem UFPE Online, 12(7), 1949-1956. https://doi.org/10.5205/1981-8963.2018.22640. DOI: https://doi.org/10.5205/1981-8963.2018.22640
Almeida, N. S., & Goldstein, R. A. (2022). Impactos psíquicos nas vivências de mães de bebê com extremo baixo peso internado em UTI Neonatal. Revista da SBPH,25(1), 84-96. https://doi.org/10.57167/Rev-SBPH.25.30 DOI: https://doi.org/10.57167/Rev-SBPH.25.30
Caetano, C., Pereira, B. B., & Konstantyner, T. (2022). Effect on the practice of the kangaroo method on the formation and strengthening of the mother-baby bond: a systematic review. Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil, 22(1), 11-22. https://doi.org/10.1590/1806-93042022000100002. DOI: https://doi.org/10.1590/1806-93042022000100002
Campos, C. A. C. A., Silva, L. B., Bernardes, J. S., Soares, A. L. C., & Ferreira, S. M. S. (2017). Desafios da comunicação em unidade de terapia intensiva neonatal para profissionais e usuários. Saúde em Debate, 41(spe2), 165-174. https://doi.org/10.1590/0103-11042017S214. DOI: https://doi.org/10.1590/0103-11042017s214
Cardoso, V. T., &Toni, C. G. S. (2023). Narrativas de mulheres mães: vivências e ressignificações diante da prematuridade extrema. Revista Psicologia, Diversidade e Saúde,12, e4659. https://doi.org/10.17267/2317-3394rpds.2023.e4659. DOI: https://doi.org/10.17267/2317-3394rpds.2023.e4659
Conselho Nacional de Saúde (BR). (2012). Resolução n. 466, 12 de dezembro de 2012. Diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos. Ministério da Saúde. Recuperado de https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/cns/2013/res0466_12_12_2012.html.
Correia, L. A., Rocha, L. L. B., & Dittz, E. S. (2019). Contribuições do grupo de terapia ocupacional no nível de ansiedade das mães com recém-nascidos prematuros internados nas unidades de terapia intensiva neonatal. Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional, 27(3), 574-583. https://doi.org/10.4322/2526-8910.ctoAO1694. DOI: https://doi.org/10.4322/2526-8910.ctoAO1694
Creswell, J. W., & Clark, V. L. P. (2013). Pesquisa de métodos mistos. Penso.
Dittz, E. S., Sena, R. R., Mota, J. A. C., & Duarte, E. D. (2011). Cuidado materno ao recém-nascido na unidade de terapia intensiva neonatal: possibilidades e desafios. Ciencia y Enfermería, 17(1), 45-55. http://doi.org/10.4067/S0717-95532011000100006. DOI: https://doi.org/10.4067/S0717-95532011000100006
Fernández Medina, I. M., Granero-Molina, J., Fernández-Sola, C., Hernández-Padilla, J. M., Ávila, M. C., &López Rodríguez, M. M. (2018). Bonding in neonatal intensive care units: experiences of extremely preterm infants' mothers. Women and Birth, 31(4), 325-330. https://doi.org/10.1016/j.wombi.2017.11.008. DOI: https://doi.org/10.1016/j.wombi.2017.11.008
Ferraresi, M. F., & Arrais, A. R. (2018). Evaluation of the multidisciplinary assistance provided in a public neonatal care unit from mothers’ perception. Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil, 18(2), 391-400. https://doi.org/10.1590/1806-93042018000200008. DOI: https://doi.org/10.1590/1806-93042018000200008
Fraga, E., Dittz, E. S., & Machado, L. G. (2019). The construction of maternal co-occupation in the neonatal intensive care unit. Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional, 27(1), 92-104. https://doi.org/10.4322/2526-8910.ctoAO1125. DOI: https://doi.org/10.4322/2526-8910.ctoAO1125
Frantz, M. F., & Donelli, T. M. S. (2022). Vivências parentais no contexto da prematuridade: da UTIN ao primeiro ano de vida do bebê. Ágora (Rio de Janeiro), 25(2), 20-30. https://doi.org/10.1590/1809-44142022-02-03. DOI: https://doi.org/10.1590/1809-44142022-02-03
Fróes, G. F., Mendes, E. N. W., Pedroza, G. A., & Cunha, M. L. C. (2020). Stress experienced by mothers of preterm newborns in a neonatal intensive care unit. Revista Gaúcha de Enfermagem, 41(spe), e20190145. https://doi.org/10.1590/1983-1447.2020.20190145. DOI: https://doi.org/10.1590/1983-1447.2020.20190145
Gonçalves, J.L., Fuertes, M., Alves, M. J., Antunes, S., Almeida, A. R., Casimiro, R., & Santos, M. (2020). Maternal pre and perinatal experiences with their full-term, preterm and very preterm newborns. BMC Pregnancy Childbirth, 20,276. https://doi.org/10.1186/s12884-020-02934-8. DOI: https://doi.org/10.1186/s12884-020-02934-8
Hospital Sofia Feldman. (2021). Indicadores hospitalares. Recuperado em 20 de janeiro, 2023, de https://www.sofiafeldman.org.br/indicadores-hospitalares/.
Marciano, R. P., Evangelista, P. G., & Amaral, W. N. (2019). Grupo de mães em UTI neonatal: um espaço de escuta e intervenção precoce em psicanálise. Revista da SBPH, 22(2), 48-67. DOI: https://doi.org/10.57167/Rev-SBPH.22.206
Mata, G. D., Cherer, E. Q., & Chatelard, D. S. (2017). Prematuridade e constituição subjetiva: considerações sobre atendimentos na UTI neonatal. Estilos da Clínica, 22(3), 428-441. https://doi.org/10.11606/issn.1981-1624.v22i3p428-441. DOI: https://doi.org/10.11606/issn.1981-1624.v22i3p428-441
Mathelin, C. (1999). O sorriso da Gioconda: clínica psicanalítica com os bebês prematuros. Companhia de Freud.
Merhy, E. E. (1997). Em busca do tempo perdido: micropolítica do trabalho vivo em saúde. In E. E. Merhy, & R. Onocko (Orgs.), Agir em saúde: um desafio para o público (pp. 71-112). Hucitec.
Minayo, M. C. S. (2014). O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde (14a ed.) Hucitec.
Ministério da Saúde. (2017). Atenção humanizada ao recém-nascido: método canguru: manual técnico (3a ed.). Recuperado em 20 de janeiro de 2023, de https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/atencao_humanizada_metodo_canguru_manual_3ed.pdf.
Nascimento, A. C. S. T., Morais, A. C., Amorim, R. C., & Santos, D. V. (2020). The care provided by the family to the premature newborn: analysis under Leininger’s Transcultural Theory. Revista Brasileira de Enfermagem, 73(Suppl 4), e20190644. https://doi.org/10.1590/0034-7167-2019-0644. DOI: https://doi.org/10.1590/0034-7167-2019-0644
Piva, E. K., Toso, B. R. G. O., Carvalho A. R. S., Viera, C. S., & Guimarães, A. T. B. (2018). Validação e categorização da escala de crenças dos pais de recém-nascidos prematuros. Acta Colombiana de Psicología, 21(1), 139-169. https://doi.org/10.14718/acp.2018.21.1.7. DOI: https://doi.org/10.14718/ACP.2018.21.1.7
Presidência da República (BR). (1990). Lei n. 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Recuperado de https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm.
Sciotti, L. T., & Carias, A. R. (2024). O bebê que nunca foi para casa: percepções de mães diante do óbito em UTI neonatal. Revista da SBPH, 27, e005. https://doi.org/10.57167/Rev-SBPH.v27.626. DOI: https://doi.org/10.57167/Rev-SBPH.v27.626
Silva, R. M. M., Zilly, A., Ferreira, H., Pancieri, L., Pina, J. C., & Mello, D. F. (2021). Factors related to duration of hospitalization and death in premature newborns. Revista da Escola de Enfermagem da USP, 55, e03704. https://doi.org/10.1590/S1980-220X2019034103704. DOI: https://doi.org/10.1590/s1980-220x2019034103704
Veronez, M., Borghesan, N. A. B., Corrêa, D. A. M., & Higarashi, I. H. (2017). Vivência de mães de bebês prematuros do nascimento a alta: notas de diários de campo. Revista Gaúcha de Enfermagem, 38(2), e60911. https://doi.org/10.1590/1983-1447.2017.02.60911. DOI: https://doi.org/10.1590/1983-1447.2017.02.60911
Viera, C. S., Bugs, B. M., Fonseca, L. M. M., Guimarães, A. T. B., & Machinesk, G. G. (2019). O estresse em mães de prematuros: ensaio clínico sobre atividade educativa. Arquivos Brasileiros de Psicologia, 71(1), 19-35. https://doi.org/10.36482/1809-5267.ARBP2019v71i1p.19-35.
Vogel, J. P., Chawanpaiboon, S., Moller, A.-B., Watananirun, K., Bonet, M., & Lumbiganon, P. (2018). The global epidemiology of preterm birth. Best Practice and Research Clinical Obstetrics and Gynaecology, 52, 3-12. https://doi.org/10.1016/j.bpobgyn.2018.04.003. DOI: https://doi.org/10.1016/j.bpobgyn.2018.04.003
Winnicott, D. W. (2020). Os bebês e suas mães. Ubu. (Trabalho original publicado em 1988).
Winnicott, D. W. (2021). Da pediatria à psicanálise (A preocupação materna primária, pp.493-501). Ubu. (Trabalho original publicado em 1956).
World Health Organization. (2018). Preterm birth. Recuperado de https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/preterm-birth.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Revista da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
A licença CreativeCommons “Atribuição 4.0 Internacional" – CC BY permite "copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato e remixar, transformar e criar a partir do material, para qualquer fim, mesmo que comercial." Ainda de acordo com a licença CC BY, os autores devem "atribuir o devido crédito, fornecer um link para a licença e indicar se foram feitas alterações". Essas alterações devem ser indicadas sem sugerir que a Revista da SBPH apoie o seu uso. Mais informações sobre a licença em: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/deed.pt